quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

refleee tinn doo....




Não passo por aqui há décadas....
Será que ainda sou a mesma?
Essa é a pergunta que me motivou agora.



Tenho estado um tanto quanto "acomodada demais", e olha que mudei de casa, de trabalho, de cidade, de humor, de amor, bom, mas ainda me sinto acomodada.

Em algum lugar lá no fundo...bem lá no fundo... anda adormecida aquela Maria que um dia quis mudar o mundo. Atualmente, me vejo paralisada diante de situações que me indignam, me incomodam, me "revoltam". Em outros tempos me sentiria tal qual uma "Revolucionária", e talvez até quisesse morrer como uma "Mártir", salvo os excessos, tenho estado estagnada, não reclamo, não me movo, não me ouço.

Em situações cotidianas simples, pareço tomada pelo "mal" da cidade grande, o silêncio e o comodismo. Evitar o estresse, não me envolver são desculpas para não querer resolver. Como diria meu "velho pai"...."quem justifica tá errado.", sábias palavras. Então, para resgatar um pouquinho daquilo que há tanto anda perdido!

"PREZADOS COMPANHEIROS USUÁRIOS DO TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO DE BELO HORIZONTE,

Venho através deste fazer um pequeno lembrete.

Aqueles bancos de cor diferenciada e que ainda trazem consigo um adesivo com imagens e um pequeno texto, não estão ali para enfeitar e deixar mais agradável a viagem de ida e volta diária ao trabalho. Eles tem um objetivo simples e único. Proporcionar àqueles com alguma necessidade especial um maior conforto nas, geralmente, desconfortáveis viagens.

Não é apenas educado ceder o lugar a quem lhe é de direito, muito mais que isso é um dever, uma obrigação de cada um de nós cidadãos conscientes e educados, com um mínimo de raciocínio lógico.

"Ahhhh, para com isso.."deve ser o que dizem ou pensam alto agora. "Ninguém faz isso."

Esse é o problema. Ninguém mais faz isso. Todos tem agido como se fosse normal deixar um idoso, uma gestante e outros que se enquadram na categoria, tão desconfortáveis quanto nós, dentro desses transportes que mais se assemelham ao caos completo e absoluto. É sempre cheio (lotado), não nos atendem, na maioria das vezes, em nossas necessidades básicas de locomoção calma, tranquila e eficaz. Porém, isso não nos dá o direito de agirmos como loucos, irracionais e cheios de ira e ultrapassar o limites dos demais. Estamos todos cansados, exaustos, precisando desse "sono" de poucos minutos, desesperados com o relógio que teima em acelerar o ponteiro na ida e se arrastar na volta. Terminando a viagem, finda-se uma das jornadas e inicia-se outra, em casa mesmo, no aconchego do lar, mais trabalho, mais problema, mais estresse, menos tempo, pouco tempo e logo vem ele de novo... "o ponteiro" a começar a sua corrida matinal.


Mesmo assim, PREZADOS COMPANHEIROS, não se esqueçam dos bons modos. E toda vez que olharem para aqueles assentos lembrem-se que eles já tem quem os espera. E se olharmos novamente para o tal "ponteiro" e considerarmos a sua aceleração, ao fechar e abrir dos olhos nos veremos diante dos mesmos assentos a nossa espera."

Por isso, façamos valer os nossos direitos.

Temos mil e uma possibilidades de nos indignar e nos rebelar contra o caos do transporte público com quem de fato é responsável por ele. Façamos, pelo menos uma vez, a coisa certa. Que nós sejamos a mudança que esperamos.