segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O PEQUENO PRINCIPE

“Tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas.”

A sábia raposa ensina o pequeno príncipe a compartilhar. E explica-lhe que, apesar de existirem milhares de flores parecidas, a dele é única, e foi o tempo que ele dedicou a ela que a fez tão importante.

Cativar quer dizer conquistar e requer responsabilidade. Responsabilidade por um amor, por um amigo, pelo talento que possuímos e pelo que conquistamos em nossa carreira profissional e pessoal.

Seja responsável pelas suas conquistas. Valorize-se. Cuide do que você cativou.

DOM QUIXOTE

Dom Quixote é uma obra prima, fruto de uma imaginação sem igual, capaz de envolver os leitores por um grande período de tempo e permanecer para sempre em seus corações.

Abaixo um trecho de Dom Quixote de La Mancha, o soneto escrito por Dom Belianis de Grécia a Dom Quixote de La Mancha:

“Rompi, cortei, amolguei, fiz e refiz

Mais que no orbe cavaleiro andante;

Fui destro, valente, arrogante;

Mil agravos vinguei, cem mil desfiz.

Façanhas dei a Fama que eternize;

Comedido e regalado amante;

Foi anão para mim todo gigante

E ao duelo em qualquer ponto satisfiz.

Tive a meus pés prostrada a Fortuna,

E trouxe do copete* minha cordura*

À calva Ocasião ao estricote

Mas, ainda sobre os cornos da lua

Sempre se viu no cume minha ventura,

Tuas proezas invejo, ó Dom Quixote!”

sábado, 22 de agosto de 2009

Dialética

"...É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..."
Vinicius de Moraes

Mas acontece que eu sou triste...Mas acontece que eu sou triste....

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

HOJE....

"De ontem em diante serei o que sou no instante agora.
Onde ontem, hoje e amanha sao a mesma coisa
Sem a ideia ilusoria de que o dia, a noite e a madrugada
sao coisas distintas.
Separadas pelo canto de um galo velho.
Eu apostolo contigo que nao sabes do evangelho!
Do versiculo e da profecia!
Quem surgiu primeiro? O antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira, meu dia inteiro,
meus diluvios imaginarios ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
Minha mamadeira de leite em po?
É a cerveja gelada na padaria!
Meu banho no tanque?
É lavar carro com mangueira!
E se antes um pedaço de maçã?
Hoje quero a fruta inteira!
E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa.
Da luta nao me retiro.
Me atiro do alto e que me atirem no peito!
Da luta nao me retiro...
Todo dia de manha nostalgia das besteiras que fizemos ontem..."
Fernando Anitelli

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Luis Fernando Verrissimo....

O deus das trincheiras

  • Dizem que na I Guerra Mundial, durante as tréguas de Natal, de uma trincheira se podiam ouvir as comemorações na trincheira inimiga. Nos dois lados, cantavam hinos cristãos e havia sermões e imprecações a Deus, que era o mesmo para os dois lados, mesmo que as religiões não fossem as mesmas. Os capelães militares sempre tiveram a dura tarefa de convencer as tropas e a si próprios de que o Deus a que rezavam lhes daria a vitória. Já que não podiam dizer que cada lado tinha o seu Deus e o deles era mais forte, inferiam que o Deus invocado era único mas tinha seus gostos, e os preferia. Deus torcia por eles, não importava o que dissessem os capelães do inimigo.

    ***

    Não existem capelães com o mesmo problema no futebol, mas está implícita em toda mobilização de fé religiosa antes do jogo um pedido para que Deus favoreça um lado e não ouça o outro. E em todo agradecimento para o alto depois de um gol ou de uma vitória, e em toda frase de exaltação a Jesus impressa numa camiseta, está implícito um reconhecimento da parcialidade de Deus. Deus deveria ser banido dos campos de batalha para não se comprometer com a pior das atividades humanas, agravada pela hipocrisia, e proibido de entrar em campo de futebol para não arriscar sua reputação de isenção e fair-play. A única função de Deus num campo de futebol deve ser a de evitar a perna quebrada e o mal súbito. E, está bem, dar uma fiscalizada no juiz.

    ***

    Nada contra a fé de cada um. Acreditar é bom e é bonito, e é claro que a maioria dos jogadores pede e agradece a Deus não vitórias, mas sua integridade física e seu sucesso pessoal, seja jogando no Palmeiras ou no Já Vai Tarde F. C. Mas os jogos da Seleção Brasileira têm se transformado em verdadeiros bazares de ostentação religiosa. Que algumas das marcas de fé exibidas são de picaretagens notórias nem vem ao caso. As vitórias são publicamente creditadas a Jesus, e sua bênção vitoriosa agradecida com fervor. Imagino o constrangimento de jogadores e membros da comissão técnica que não são crentes, ou pelo menos crentes a esse ponto, obrigados a participar daquele círculo de oração de graças, ajoelhados, que tem encerrado as participações triunfais do Brasil em torneios internacionais. Por coerência, o mesmo círculo deveria ser formado nos casos de insucessos brasileiros, para cobrar de Deus a mudança de trincheira.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MUNDO REAL

Cliente negro diz que foi confundido com ladrão e agredido em hipermercado

Polícia registrou ocorrência dia 7, em Osasco, na Grande SP.
Direção do hipermercado diz que acompanha investigação.

Da Agência Estado

Polícia de Osasco, na Grande São Paulo, investiga o caso

O segurança e técnico em eletrônica Januário Alves de Santana, de 39 anos, foi agredido por seguranças do supermercado Carrefour, em Osasco, na Grande São Paulo. Ele foi confundido com ladrões e considerado suspeito de roubar seu próprio carro. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial da cidade.

Nos próximos dias, seu advogado, Dojival Vieira, vai ajuizar uma ação de indenização por danos morais contra o supermercado e o Estado. “Esse caso é emblemático e precisa ser punido com vigor para que outras situações de discriminação racial não venham a ocorrer.” Santana é negro. O Carrefour afirmou que acompanha a investigação policial.

Segundo o cliente, enquanto a família fazia compras, na noite do dia 7, ele esperava no carro com a filha de 2 anos. O alarme de uma moto disparou e ele viu dois homens correndo. O dono da moto chegou em seguida. Santana desceu do carro e achou que os bandidos tinham voltado. Um desses homens sacou uma arma e Santana correu. No chão, chegaram a lutar até que um terceiro homem, que se identificou como segurança da loja, retirou a arma e pisou na cabeça de Santana. Segundo ele, cinco homens, que não vestiam uniformes, o levaram até um quartinho onde o espancaram.

“Eles falaram que eu ia roubar o EcoSport e a moto. Quando disse que o carro era meu, batiam mais.” Quando três policiais militares chegaram ao local, Santana explicou que seus documentos estavam no carro. “Eles riam e diziam: ‘Sua cara não nega. Você deve ter pelo menos três passagens pela polícia’.” De tanto insistir, foram até o automóvel, onde sua família o esperava. Após conferir a documentação, os policiais foram embora. “Já passei outros constrangimentos com esse carro. Acho que vou vender”, diz ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O que mais me indignou nessa matéria é a frase de Januário: “Já passei outros constrangimentos com esse carro. Acho que vou vender”. Não é possível que vamos ter que nos acostumar a tudo e aceitar essas injustiças de cabeça baixa. É deprimente saber que uma pessoa ainda é julgada pela sua cor. E o pior de tudo é ao final saber que pra muitos a gente ainda "vale quanto tem"...

Quem quiser conferir a matéria o link segue abaixo.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1272840-5605,00-CLIENTE+NEGRO+DIZ+QUE+FOI+CONFUNDIDO+COM+LADRAO+E+AGREDIDO+EM+HIPERMERCADO.html

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Lembranças...

Estava aqui entre meus pensamentos, e do que me lembro???

De um monólogo que fiz na 7ª série...faz tempo....

Primeira vez que falaria pra um grande público, envergonhada, me lembro bem....mas acabei conseguindo falar...

Então pra recordar:


MORTE E VIDA SEVERINA

João Cabral de Melo Neto

— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.

Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.

Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.

Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.

E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,

a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobre Homenagem ao Malandro

Homenagem ao malandro
Chico Buarque/1977-1978
Para a peça Ópera do malandro, de Chico Buarque

A época da estréia do musical "Ópera do Malandro", Chico Buarque descreveu e justificou o ambiente da peça em entrevistas a Isto É e Manchete:
Chico: "Nós pegamos a Lapa, os bordéis, os agiotas, os contrabandistas, os policiais corruptos, os empresários inescrupulosos. (...) Tomamos como ponto de partida o que o italiano chama de Malacittá, o bas fond. Esta Lapa (que) começava a morrer era o prenúncio de uma série de outras mortes: da malandragem, de Madame Satã, de Geraldo Pereira, de Wilson Batista. Foi o fim da era de ouro do sambista urbano carioca. "

Essa história está contada na letra de "Homenagem ao Malandro", uma das melhores composições do musical: "Homenagem ao Malandro" é um samba rasgado, com direito a solo de trombone do grande Maciel, breques e uma adequada interpretação de Chico Buarque. No álbum duplo do musical, só lançado em dezembro de 79, este samba é cantado pelo malandro Moreira da Silva, que vive assim o personagem João Alegre.


Homenagem ao malandro

Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais

Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer
- não espalha
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e tralha e tal

Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha
Num trem da Central ...

OBS: Apesar de escrita no final da década de 70 essa composição não foge muito da atual situação dos políticos brasileiros.

domingo, 16 de agosto de 2009

Vidas Secas num Grande Sertão

"No céu, já escuro, uma nuvem - sempre um sinal de esperança..."


"Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas..."

sábado, 15 de agosto de 2009

SAUDADES....





Quantas vezes será preciso se fantasiar pra enxergar a realidade?

Saudades....

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

É por momentos assim que a gente vive....

Já há algum tempo participo de Projetos que dão uma nova chance pra nossa vida.
E ao ver outros tantos projetos que tem as mesmas características trazendo, nesse caso especificamente, tantos "SORRISOS", reforça o desejo de saber que "é por momentos assim que a gente vive"....




Operação Sorriso Brasil
Transformando Vidas, um SORRISO de cada vez

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1266489-5606,00-CIRURGIAS+GRATUITAS+TRANSFORMAM+O+SORRISO+E+A+VIDA+DE+CRIANCAS+E+ADULTOS+NO.html

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"TRISTE SOLIDÃO"


Num momento de "triste solidão" fui acolhida com carinho. E dentre alguns conselhos, palavras, uma sugestão brilhante, um presente na voz de Almir Sater.



Tocando Em Frente


Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha,e ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
estrada eu sou
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz,
de ser feliz
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Presente de um Amigo



"Quase Unânime"


todo limpo é quase sujo
toda transa é quase um fim
todo sempre é quase nunca
toda fora é quase um sim

todo piso falta um brilho
todo ácido falta cal
todo lápis falta ponta
toda sopa falta sal

toda trave é quase um gol
todo furto é quase cela
todo frango é quase galo
toda bicha é quase ela

toda boca pede boca
todo encontro pede menta
toda porta pede unto
todo pai pede pimenta.

Giuliano Santos

Hojé é o 1º Dia de Maria



Apesar do constante contato com o mundo digital, tecnologias de ponta, "Hoje é Dia de Maria" é uma experiência nova. Ainda não consigo pensar em um motivo para a criação desse novo meio de comunicação, porém, é hora de arriscar, inovar....