quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MUNDO REAL

Cliente negro diz que foi confundido com ladrão e agredido em hipermercado

Polícia registrou ocorrência dia 7, em Osasco, na Grande SP.
Direção do hipermercado diz que acompanha investigação.

Da Agência Estado

Polícia de Osasco, na Grande São Paulo, investiga o caso

O segurança e técnico em eletrônica Januário Alves de Santana, de 39 anos, foi agredido por seguranças do supermercado Carrefour, em Osasco, na Grande São Paulo. Ele foi confundido com ladrões e considerado suspeito de roubar seu próprio carro. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial da cidade.

Nos próximos dias, seu advogado, Dojival Vieira, vai ajuizar uma ação de indenização por danos morais contra o supermercado e o Estado. “Esse caso é emblemático e precisa ser punido com vigor para que outras situações de discriminação racial não venham a ocorrer.” Santana é negro. O Carrefour afirmou que acompanha a investigação policial.

Segundo o cliente, enquanto a família fazia compras, na noite do dia 7, ele esperava no carro com a filha de 2 anos. O alarme de uma moto disparou e ele viu dois homens correndo. O dono da moto chegou em seguida. Santana desceu do carro e achou que os bandidos tinham voltado. Um desses homens sacou uma arma e Santana correu. No chão, chegaram a lutar até que um terceiro homem, que se identificou como segurança da loja, retirou a arma e pisou na cabeça de Santana. Segundo ele, cinco homens, que não vestiam uniformes, o levaram até um quartinho onde o espancaram.

“Eles falaram que eu ia roubar o EcoSport e a moto. Quando disse que o carro era meu, batiam mais.” Quando três policiais militares chegaram ao local, Santana explicou que seus documentos estavam no carro. “Eles riam e diziam: ‘Sua cara não nega. Você deve ter pelo menos três passagens pela polícia’.” De tanto insistir, foram até o automóvel, onde sua família o esperava. Após conferir a documentação, os policiais foram embora. “Já passei outros constrangimentos com esse carro. Acho que vou vender”, diz ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O que mais me indignou nessa matéria é a frase de Januário: “Já passei outros constrangimentos com esse carro. Acho que vou vender”. Não é possível que vamos ter que nos acostumar a tudo e aceitar essas injustiças de cabeça baixa. É deprimente saber que uma pessoa ainda é julgada pela sua cor. E o pior de tudo é ao final saber que pra muitos a gente ainda "vale quanto tem"...

Quem quiser conferir a matéria o link segue abaixo.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1272840-5605,00-CLIENTE+NEGRO+DIZ+QUE+FOI+CONFUNDIDO+COM+LADRAO+E+AGREDIDO+EM+HIPERMERCADO.html

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